O que nos pode motivar para, nestas alturas de franca convulsão e incompreensão, liderarmos uma equipa diretiva para gerir uma Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários?
Certamente a consciência de valores mais altos, de necessidades sempre prementes que passam pelos serviços públicos que uma Associação Humanitária tem de prestar.
Servir bem, sem olhar a quem, organizar para melhor o fazer, atualizar para saber fazer…
Hoje, em que os desafios internos e externos estão mais exigentes…
Desafios que têm de passar por uma melhor gestão dos bens da Associação que são de todos os sócios que a mantêm, mas se refletem na prestação da ajuda e socorro a toda população.
Difícil tarefa, arrebatadora tarefa.
Hoje, em que se tem de repensar o voluntariado.
Hoje, em que se tem de relançar a imagem dos bombeiros.
Hoje, em que se têm de equacionar o que há a retificar.
Hoje, em que se têm de iniciar profundas mudanças, face às alterações de filosofia e de exigências legais.
Promover o diálogo interno e externo com os bombeiros e para os bombeiros, com os bombeiros e para os poderes políticos, com os bombeiros e a sociedade.
Não, não é fácil.
Mas se o fosse não valia a pena…
E ainda achamos que vale a pena…
Que mais não fosse pelo sorriso de uma criança a olhar para um carro de bombeiros.
Ou pelas lágrimas de agradecimento de muitos que ajudamos.
Ou mesmo pela angústia de partilhar os perigos que todos estes Homens e Mulheres, soldados da paz, correm quando partem para uma qualquer situação de socorro.
Queremos mais e melhor, para honra e gloria desta mais do que centenária Associação.
O Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Gouveia:
Luís António Vicente Gil Barreiros